RCR Projetos de Eletrônica
Parece Loja de manutenção de equipamentos, mas não, é um espaço para desenvolver projetos voltados à área da Eletrônica, Microeletrônica e Informática. Mantido por Ricardo da Costa Rosa
terça-feira, 9 de novembro de 2021
LM399 vs LT1021 vs AD584 Fight
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Referência de tensão com LM399H
quinta-feira, 4 de novembro de 2021
Review de Protoboards
Há algum tempo que estou intrigado com as possibilidades de medida que o meu recém adquirido Agilente 34401a oferece. Mesmo não sendo um instrumento muito recente, é absurdamente confiável e permite realizar medidas muito precisas, estáveis e, o mais interessante, criar datalogs.
Ainda, para explorar as possibilidades dele e de circuitos de precisão, montei um circuito de 'Standard Cell' de 10V com LM399H, que pretendo discorrer mais a respeito na próxima postagem. Por hora, aproveitei a medida a 4 fios (ou Kelvin) que ele possui para verificar a qualidade dos protoboards que utilizo.
Na busca por protoboards melhores, mais confiáveis, resolvi fazer este review.
Na minha pequena oficina, possuía basicamente 2 modelos de protoboard. A primeira de uma marca antiga, chamada Pront-o-labor que, na minha humilde opinião, era horrível! Péssima para trabalhar. Conexões absurdamente duras, muito mal contato, com problemas no acabamento, enfim, não valiam o dinheiro gasto (na época nem me lembro quanto me custou). Por fim, foi deixada de lado e servia apenas como backup ou para ficar na mochila em casos de emergência (Qual seria o tipo de emergência que necessitaria do uso de uma protoboard?)
A segunda marca, pouco conhecida, E.I.C., só vi a venda (e ainda vejo) na mais tradicional loja de componentes eletrônicos da região da Santa Efigênia. E só nessa grande loja com M azul.
Essa marca, apesar de desconhecida, nunca me trouxe problemas em nenhuma das minhas montagens, tanto que, posteriormente, sempre procurei comprar dessa marca, variando entre alguns modelos.
Hoje, porém, em busca de realizar alguns testes, adquiri alguns exemplares da Minipa, modelo MP-830A.
A Minipa, há alguns anos, vendia um protoboard com base cinza e matriz branca, que, sinceramente, nunca utilizei, mas que nas minhas buscas, era um modelo que me transmitia bastante confiança ao olhar. Com estética muito parecida com os tradicionais e de altíssima qualidade da 3M, tristemente impossíveis de encontrar no Brasil e com preços bastante proibitivos no mercado nacional.
Utilizando esta potente máquina que é o 34401A, resolvi realizar a medida da resistência elétrica entre os terminais de todos os modelos que possuo. O resultado será apresentado a seguir:
E.I.C 830
O primeiro modelo da E.I.C. possui 830 pontos. É muito parecido com os modelos que hoje encontram-se facilmente no mercado chinês. Nas laterais da placa correm 2 trilhas longitudinais de alimentação, de cada lado. Supostamente uma para transmitir a alimentação + e outra -. Este modelo não possui interrupção no meio das trilhas de alimentação, como ocorre em alguns modelos de outras marcas (inclusive da Minipa).
O acabamento geral do equipamento é muito bom, a serigrafia é bem legível e durável, não apresenta borrões ou falhas e não possui nenhuma rebarba na parte plástica.
A marca não especifica quais são os materiais utilizados na construção, como material dos contatos ou o tipo de plástico.
Os orifícios não são duros para inserir os terminais dos componentes eletrônicos e ele oferece uma boa fixação. Não sente-se que o terminal fica solto dentro do orifício.
A parte inferior possui uma fita dupla-face que permite colar a matriz de contatos em uma superfície ou base, para trabalhar e a embalagem acompanha uma folha de alumínio que pode ser utilizada para fixar o protoboard. Este modelo não vem com aquela tradicional base com bornes, e nem acompanha a caixa de jumpers.
Testes elétricos
A resistência elétrica observada nas trilhas longas de alimentação foi:
:: 75mOhms entre as duas extremidades;
:: 39mOhms entre uma das extremidades e o centro;
A resistência elétrica entre as trilhas menores, onde encaixamos os componentes foi:
:: 17mOhms em média.
Foram testados 5 pontos e o resultado é a aproximação da média entre as medidas.
Apesar de não conter a especificação, eu não recomendaria utilizar essas trilhas para uma circulação de corrente superior a 3A, tampouco para utilizar com sinais de alta tensão e, principalmente, não utilizar a tensão da rede elétrica.
Estes testes foram realizados em uma matriz nova, comprada para esta finalidade.
Como mencionei, possuo outras matrizes de contato dessa marca, a mais antiga está com 15 e ainda a utilizo nas prototipagens, sem nenhum problema.
Minipa MP-830A
Esta foi a minha primeira impressão com um protoboard dessa tradicional marca de instrumentos brasileira.
Diferente da E.I.C., a Minipa traz as especificações do produto:
:: 830 Furos,
:: Corpo em ABS (Resistente até 90ºC)
:: Contatos de Bronze fosforoso com banho de níquel
:: Tensão máxima de 300V
:: Corrente Máxima de 3A RMS
Ao abrir a cartela onde o produto veio embalado, fisicamente já não gostei do acabamento da serigrafia. É consideravelmente mais fraco e borrado, com algumas falhas, se comparado ao modelo da marca anterior. Este aspecto o faz parecer-se mais aos modelos encomendados de sites chineses.
Ao experimentar a inserção de componentes, verifica-se uma maior dificuldade de inserção dos terminais, sendo necessário recorrer ao uso de um pequeno alicate. A 'pega' é muito boa, não transmite a sensação de que ocorrerá mau contato. Apenas estranhei a dificuldade.
A trilha dupla de alimentação já possui a interrupção na metade. Na minha opinião, um aspecto negativo, já que trás uma maior propensão a erros. Nesses casos, costumo colocar e também recomendar que coloquem um jumper, interligando as partes divididas.
Testes elétricos
A resistência elétrica observada nas trilhas longas de alimentação foi:
:: 18mOhms entre o centro e uma das extremidades;
A resistência elétrica entre as trilhas menores, onde encaixamos os componentes foi:
:: 7mOhms em média.
sábado, 11 de abril de 2020
Por que preciso de um osciloscópio e de um gerador de funções?
Da mesma forma, o mesmo entendimento é feito a respeito do gerador de funções, visto como equipamento para áudio e que serve para testar amplificadores. Muitos acreditam que o gerador de funções e o gerador de áudio são o mesmo equipamento, o que não é verdade.
Entre as diferenças básicas dos dois, salientamos:
Largura de Banda:
Gerador de funções: 0Hz à 2MHz (no mínio) ou 60MHz nos modelos mais novos.
Gerador de Áudio: 0Hz a 100Khz (alguns modelos a até 1MHz).
Formas de Onda:
Gerador de Funções: No mínimo onda Senoidal, Quadrada e Triangular. Modelos novos possuem diversas formas de onda diferentes, além de permitires a geração de sinais arbitrários, desenhados pelo usuário.
Gerador de Áudio: Normalmente apenas onda Senoidal e Quadrada.
Controles e funções gerais:
Gerador de Funções: Simetria de Onda, Varredura de sinal, saídas CMOS e TTL, Ajuste de Offset positivo e negativo, Impedância de Saída de 50 Ohms. Distorção Harmônica menor que 1%
Gerador de Áudio: Ajuste de amplitude do sinal, Impedância de saída típica de 600 Ohms. Distorção Harmônica menor do que 0,05% na maioria dos geradores.
Analisadas essas características básicas apresentadas, podemos verificar que são dois equipamentos distintos utilizados em eletrônica.
Mas afinal, por que precisamos desses equipamentos?
De forma geral, um não vive sem o outro. Você normalmente não terá muita utilidade para o gerador sem possuir um osciloscópio. O inverso já não é tão recíproco assim, mas possuir os dois equipamentos aumentará seu campo de visão na Eletrônica.
Com um osciloscópio e um gerador, você consegue:
- Projetar e Testar amplificadores de áudio;
- Seguir sinais em placas de circuitos analógicos e digitais;
- Medir Capacitâncias de componentes e capacitores desconhecidos;
- Medir indutância;
- Medir ESR de capacitores eletrolíticos e similares;
- Identificar os terminais externos de capacitores de poliéster, para conectá-los corretamente aos circuitos;
- Medir impedância de entrada e de saída de amplificadores e outros equipamentos, circuitos e componentes;
- Medir a curva de resposta em frequência de qualquer dispositivo ou equipamento;
- Utilizando circuitos apropriados, pode-se testar praticamente qualquer componente eletrônico transformando o osciloscópio em um traçador de curvas, permitindo: Teste e casamento de diodos, diodos zener e transistores;
- Procurar por fontes de ruído em circuitos sensíveis;
- Testar cristais osciladores dentro e fora de circuitos;
- Verificar a distorção de sinais (Osciloscópio Analógico) e Calcular a distorção total (osciloscópio Digital).
sábado, 5 de janeiro de 2019
Retificador Para Galvanoplastia
O principal elemento desse sistema era um 'retificador' (coloquei assim porquê esse é o nome que o pessoal da joalheria dá para a fonte). Era basicamente uma fonte linear, de 0 a 15V e 50A. Essa fonte seria reaproveitada, já existente e operante no local.
Quando abri e fui dar uma olhada no circuito do retificador, a configuração do circuito me deixou bastante curioso.
A topologia tradicional de fonte linear foi deixada de lado e tomou lugar o controle por tiristor. Havia um Triac no primário do transformador, basicamente um circuito de dimmer tradicional e, no secundário, 2 diodos formando um retificador com center tape. E só. (pra não dizer só, tinha um Shunt gigante feito com fio de cobre enrolado, pois a fonte original tinha amperímetro).
Ficou bem claro pra mim, naquele momento, que o uso do tiristor no primário eliminaria a perda de potência em transistores, caso fosse adotada uma topologia padrão de fonte linear, mesmo porquê são 50A, o que criaria a demanda pelo uso de vários transistores e grandes dissipadores de calor. Os únicos elementos dotados de dissipador eram os diodos.
O que me deixou bem intrigado foi o fato de não haver filtro capacitivo. A minha dúvida maior era se aquele shunt de cobre enrolado era mesmo só um shunt ou um tipo de filtro indutivo na saída.
Os processos de galvanoplastia com Ródio são muito criteriosos, a tensão deve se manter estável, sem variações, além da temperatura da solução e os cuidados ao manipular a peça e prevenção de contaminação da solução.
Não tive a oportunidade de colocar a saída daquele retificador em um osciloscópio, mas tenho certeza de que a forma de onda de saída não era estável. Aí está, esses retificadores são caros, pesados e vendidos como excelentes para as aplicações de banhos em jóias. Porém, não há um filtro capacitivo que permita um sinal estável na saída.
Gostaria de saber se alguém com mais experiência que eu em eletrônica para galvanoplastia poderia me responder se esse tipo de topologia pode prejudicar os banhos ou se não interferem.
segunda-feira, 2 de abril de 2018
Placa de acionamento GSM - GSM Relay - Parte 1
Impressões sobre a placa
Especificações do Fabricante:
- Real-time & interactive control
- 7 channels 250V 10A 50 Hz relay contacts
- Works with GSM phones
- Operating temperature (-25 .. +60 °C)
- Relays operates almost every appliance
- Small standby power (< 10mA 12V)
- Relay memory after power failure
- Optional password to keep the system at safety operating mode.
- Remote Password change
- Two operating mode optional ( remote setting with GSM phones)
- One relay is woking with the phone calling, and others working with the SMS
- Commands can added to GSM-phone number for raeady made commands
- Working voltage is at 9~24V AC /DC.
domingo, 1 de abril de 2018
Fontes de Alimentação YaXun
Achei também muita gente reclamando do transistor de saída, um 2N3055, velho de guerra. Dando uma resumida, tirado do Datasheet dele aqui, temos:
Corrente de coletor: 10A
Corrente de Base: 7A
Potencia total dissipada à 25°C: 115W
Qual o problema então, se essa fontezinha dá na saída só 2A com 15V?
O problema é que, quanto maior a temperatura do encapsulamento, menor a potência que ele consegue controlar.
Por exemplo, em 50°C a potência cai para 100W; Em 100°C, para 65W; E por fim, quando a temperatura está próxima de 150°C, a máxima potência vai para 30W, o que fica bem perto do valor máximo da potência dessa fonte.